sábado, 15 de novembro de 2008

ruas de outono

Uma sexta-feira, um show de uma das minhas cantoras favoritas, multidão, e ali bem atrás de mim me abraçando, a pessoa mais importante da minha vida. Haviam dois ou três globos iguais aqueles de boate, não me lembro muito bem, embaixo do primeiro contando do palco pra saída estávamos nós: imóveis, esperando ansiosamente.

Gritos estéricos de fãs maníacas ecoavam por todo o lugar, as músicas na ponta da língua, palavra por palavra, verso por verso. Calor humano em estado máximo, desconforto, e ao mesmo tempo prazer em estar ali diante das canções que por vezes marcaram tantos momentos.

Quase uma hora depois do início do show, começa uma das músicas mais lindas que eu já ouvi. Talvez, pra mim, seja a melhor por representar algo realmente grandioso e evidente cada dia mais em minha vida: o amor.

Ao ouvir aquele começo inconfundível, imediatamente me virei e me coloquei de frente pra ela, a tal pessoa mais importante da minha vida. Olhando em seus olhos via sua alma me pedindo uma valsa, aceitei o convite. A melodia da música nos envolvia e abraçadas senti meu corpo dançar sem sair do lugar. Mesmo com meus olhos fechados pude ver nossos sonhos voando junto com direção para o futuro. Distante ou perto, eu não sei, mas pude enxergá-lo como se fosse a realidade nua naquele momento. Todo aquele barulho e aquelas pessoas ao meu redor deixaram de existir.

Com o abraço cada vez mais forte, senti meu coração pulsar como nunca havia sentido antes. Tive mais ainda a certeza que o amor realmente é nobre em sua essência. Meu corpo pedia mais do outro corpo, e conseguia ao ouvir sua voz em meu ouvido cantarolando suavemente a nossa música. Nunca a frase "sem você não há mais nada" fez tanto sentido como naquela hora. Naquele momento eu estava segura de que nada nesse mundo é capaz de nos separar. Nem histórias passadas, nem família, nem sociedade... Absolutamente NADA. E fiquei assim, em êxtase por exatamente quatro minutos.

Quando percebemos que a música estava pra acabar, voltamos a nos olhar nos olhos. O mais largo sorriso nasceu e um beijo marcou a esperança de que possa realmente existir o tão famoso: "e viveram felizes para sempre".

Nunca saberei explicar com exatidão como eu me senti naquela noite. Mas, continuarei tentando. Voando, dançando e me embriagando cada vez mais com seu amor.




quinta-feira, 6 de novembro de 2008

coleciono marcas.

Eu já vi muitas pessoas passarem por mim. Deixaram marcas na minha vida, umas boas e outras ruins. Eu já corri ao lado de muitas pessoas na minha vida, eternidade era pouco para nós, e elas foram embora. Me deixaram aqui.
Já vi muitas pessoas entrarem na minha vida. Tentam ainda deixar suas marcas. Já tenho muitas boas, e outras um pouco chatas que machucam. Decepcção é a palavra chave do meu caminho. E mesmo assim, lanço no vento as chances de encontrar pessoas realmente boas de coração e espírito, sábios são aqueles que agarram essas chances.
De todos amigos e amores que partiram, peço: se entrar na minha vida, tente ficar. E se for pra marcar, marque fundo com amor, pra não me faltar jamais. E eu nunca precisar dizer que sinto falta.