quinta-feira, 31 de julho de 2008

ana carolina; *-*

"Te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente.
Desculpa, tudo que vivi foi profundamente... Eu te ensinei quem sou... E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços, guarda-me apenas uma fresta. Eu que sempre fui livre, Não importava o que os outros dissessem. Até onde posso ir para te resgatar? Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade de me inventar de novo.
Desculpa, se te olho profundamente, rente à pele. A ponto de ver seus ancestrais nos seus traços. A ponto de ver a estrada muito antes dos seus passos. Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos! Eu não vou renunciar a mim; nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente."

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